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quarta-feira, 6 de março de 2013

Morre vocalista da banda Charlie Brown Jr


O vocalista da banda Charlie Brown Jr

 O vocalista da banda Charlie Brown Jr, Chorão, foi encontrado morto na madrugada desta quarta-feira (6), em São Paulo. A causa da morte do cantor ainda não foi divulgada. O corpo do músico foi levado para o Instituto Médico Legal por volta das 8h. Ele estava com o dedo machucado e havia marcas de sangue no local. 
Segundo informações da prefeitura de Santos, o velório de Chorão será realizado no ginásio Arena Santos. O início da cerimônia, que será aberta ao público, ainda tem horário confirmado. A família ainda não informou se o corpo do cantor será cremado, como era seu desejo. 
Em entrevista à rede Record, o responsável pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Itajiba Franco, informou que um vizinho ouviu muito barulho vindo do apartamento de Chorão na terça-feira (5) e revelou que não está descartada a hipótese de o artista ter morrido na madrugada de segunda para terça-feira.
O delegado Luiz Romano, que investiga o caso, disse que a causa será determinada pela perícia. O profissional afirmou que o músico estava sozinho em seu apartamento, no oitavo andar de um prédio em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, quando foi encontrado por seu motorista. 
A perícia, que esteve no apartamento de Chorão, informou ter encontrado uma substância ilícita no local. Já foi constatado que era cocaína. Além disso, a polícia disse que o apartamento estava todo revirado e que a possibilidade de uma briga antes da morte do cantor ainda não foi deixada de lado.
A perícia também colheu impressões digitais para saber se havia mais alguém com ele na hora da morte. Mas, Itagiba acredita que os danos no apartamento tenham sido feitos pelo próprio cantor. O delegado não acredita na hipótese de homicídio. "O IML é que vai dar a causa da morte. Aparentemente ou foi por uso de medicamento ou outra substância".
Segundo a investigação, o apartamento já vinha passando por um processo de deterioração há algum tempo e estava muito bagunçado. Outra hipótese levantada é a de que Chorão teria tido um surto e quebrado todo o local, até se machucar.
O cantor foi encontrado por um funcionário caído no chão, com vômito ao redor. Ao ver o patrão desacordado, o profissional chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Quando os médicos chegaram para prestar atendimento, constataram que o astro já havia falecido. A Polícia Militar recebeu um chamado às 5h18 para verificar a morte natural em um apartamento.
Segundo a assessoria de imprensa da banda, o cantor estava de férias e com viagem marcada para os Estados Unidos no fim dessa semana. O escritório que cuida da imagem do astro garantiu que seu estado de saúde era bom. Os dias de folga do músico terminariam em 22 de março, dia em que a banda tinha um show marcado em Campo Grande, no Rio de Janeiro.
Chorão estava passando por problemas psicológicos, de acordo com alguns amigos, por conta da separação da esposa. Ele ainda estaria tomando remédios contra a depressão.
A família de Chorão permanece no apartamento. Apenas o baixista da banda, Champignon, conversou com a imprensa. Muito triste, ele garantiu não saber o que vai acontecer com a banda. 
Poeta e polêmico
Alexandre Magno Abrão, o Chorão, tinha 42 anos e apareceu no cenário musical com a banda Charlie Brown Jr. no fim dos anos 1990. A banda lançou dez discos em pouco mais de 15 anos de carreira.
O artista era o líder – e letrista – do grupo, nascido em Santos, litoral de São Paulo. O primeiro álbum dos músicos só foi lançado em 1998. De acordo com o site oficial do Charlie Brown Jr., eles completam oficialmente 15 anos de carreira em 2013.
Seu estilo musical sempre foi focado na linguagem jovem. Gostava de ridicularizar pagodeiros românticos, com letras cheias de palavrões e investidas contra "mauricinhos".
Chorão é o único integrante da formação original. Em 2005, o cantor anunciou a nova formação da banda após uma briga com os músicos Renato Pelado, Marcão e Champignon.
Em 2011, o roqueiro rescindiu o contrato do grupo com a Sony Music e passou a gravar em um selo independente. Nesse mesmo ano, ele fez as pazes com Marcão e Champignon que retornaram ao Charlie Brown.
O famoso apelido vem da adolescência quando descobriu sua paixão pelo skate. O astro chegou a se profissionalizar no esporte e foi vice-campeão em um campeonato paulista. Paralelo a carreira musical, Chorão administrava marcas de skate e produzia grandes eventos do esporte no Brasil.
O skate serviu de pano de fundo da história do longa “O Magnata”. Escrito pelo cantor, o filme foi protagonizado pelo ator Paulinho Vilhena. Lançado em 2007, a produção contava a história de um garoto rico e mimado, que flerta com a marginalidade.
Chorão também adorava futebol e era fanático pelo Santos. Ele deixou um filho de 23 anos, chamado Alexandre, de seu primeiro casamento.
Fonte: Famosidades MSN

Morre o presidente da Venezuela aos 58 anos

Reprodução: Hugo Chaves  presidente da Venezuela

Cercado de mistério e acusações de conspiração internacional, morreu de câncer nesta terça-feira (6), aos 58 anos, em Caracas, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. 
Hugo Chávez nunca reclamou quando o chamaram de caudilho, embora preferisse o título de comandante revolucionário. Como todo caudilho sul-americano, a revolução era ele.
O dono de um tal de socialismo bolivariano, que ninguém, nem mesmo Chávez, foi jamais capaz de explicar. Começou a carreira como muitos militares do continente, dando um golpe, descontente com políticos e elites tradicionais, que jamais, no caso da Venezuela, foram capazes de distribuir a grande riqueza do país: petróleo e energia.
Chávez fracassou na primeira tentativa de chegar ao poder, em 1992, mas não desistiu. Escolheu a marcha através das instituições formais da democracia como maneira de atacar a própria democracia, que, no entendimento dele, o caudilho bolivariano, só servia apenas aos interesses de quem ele declarava seus inimigos.
Em 1999, eleito presidente, Chávez não perdeu tempo. Convocou uma Assembleia Nacional Constituinte com a qual forjou as ferramentas que o manteriam no poder até o fim da vida.
Um de seus principais alvos era a imprensa independente: Hugo Chávez ganhou um lugar na já repleta história de caudilhos sul-americanos incapazes de conviver com o contraditório e a liberdade de imprensa.
Para ele, pouco importava: admirador dos irmãos Castro e do experimento ditatorial de Cuba, Chávez achava que a revolução social que tinha como propósito justificaria o emprego de qualquer meio. Foi beneficiado por uma extraordinária conjuntura internacional, que favoreceu a principal -- quase única -- fonte de renda do país: o petróleo.
Chávez transformou a então bem gerida e produtiva PDVSA, a estatal do petróleo, em um braço político dedicado ao distributivismo típico dos caudilhos preocupados apenas com a própria popularidade.
A indústria venezuelana ficou pelo caminho, a corrupção tornou-se ainda pior do que no regime político anterior, a inflação ficou sendo uma das maiores da América do Sul, mas Chávez continuava repetindo: “adelante siempre”.
Fez escola entre outros países ricos em energia, como Equador e Bolívia, onde conquistou adeptos. Tratou de exportar seu modelo para outro país rico na história em caudilhos, a Argentina.
Declarou os Estados Unidos da América como o pior inimigo da Venezuela. Protagonizou um dos piores momentos da Assembleia Geral das Nações Unidas, ao dizer que onde o então presidente americano George W. Bush havia acabado de discursar ainda prevalecia o cheiro de enxofre, o cheiro do diabo.
Sua maior desmoralização internacional, no entanto, ocorreu nas mãos do rei da Espanha, Juan Carlos, que o mandou se calar. Chávez quase foi derrubado em 2002 por um mal-articulado golpe militar no qual ele identificou a mão do império, a mão dos Estados Unidos.
Rompeu relações diplomáticas com Israel e estreitou laços com o Irã. Tornou-se muito popular em Moscou com as pesadas compras de armas, e um inimigo da vizinha Colômbia, que o acusava de abrigar, armar e ajudar os narcoguerrilheiros das Farc.
Encontrou no governo petista do Brasil um aliado confortável em várias iniciativas no continente, como a expansão do Mercosul, através de um truque diplomático articulado contra o Paraguai.
Faltou, porém, com a palavra dada a um de seus maiores amigos, o ex-presidente Lula, com quem combinou construir uma refinaria em Pernambuco. Até hoje, o aporte financeiro prometido por Chávez não se materializou, obrigando a Petrobras a tocar sozinha o projeto.
Ajudado por uma oposição desarticulada, desmoralizada e vítima também de perseguições, Chávez dominou a Venezuelal, mas não conseguiu realizar o tal do socialismo bolivariano, inspirado na figura de Simon Bolívar, que ele mandou exumar e venerava como um santo.
Como todo caudilho, embevecido de si mesmo, Chávez detinha a última palavra em qualquer assunto. Tinha a certeza de que seu nome, e a inspiração aos camisas vermelhas, seria o suficiente para levar a Venezuela a um grande futuro, pelo qual o país -- dividido, traumatizado, empobrecido e violento -- continua esperando.
Fonte: G1