Além da investigação administrativa, através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), por parte da Câmara, na esfera criminal a Polícia Civil do município investiga as denúncias relacionadas a Zeferino desde agosto do ano passado. Em depoimento à época, as crianças confirmaram os abusos, que foram negados pelo prefeito.
No último dia 18, o gestor foi preso e desde então está no Anexo I, da Penitenciária Central do Estado (antigo Pascoal Ramos), em Cuiabá. No inquérito policial, ele foi indiciado por atentado violento ao pudor.
Na parte administrativa, Zeferino corre o risco de perder o mandato. A notificação quanto ao seu afastamento foi assinada pelo presidente da Câmara, Sérgio Ramos, no último dia 28 e encaminhada ao prefeito, conforme publicação no Diário Oficial de segunda-feira (11).
De acordo com o documento, Zeferino tem o prazo de dez dias para apresentar defesa prévia, por escrito, com indicação de provas que pretenda produzir, além de arrolar até 10 testemunhas. Com o afastamento, o gestor não teve prejuízo em sua remuneração mensal como prefeito.
Conforme o presidente da Câmara, ainda que preso, o afastamento do cargo se deve ao fato de que, caso consiga ser liberado, o prefeito não impeça ou atrapalhe o andamento das investigações.
"O que queremos é confirmar no administrativo o que a Justiça já vem investigando, para tomar as medidas cabíveis. Começaremos ouvir as testemunhas e pretendemos encerrar tudo em 90 dias. E também não queremos qualquer interferência no andamento dos trabalhos da Câmara", explicou Sérgio Ramos.
Fonte: Midia News
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